quarta-feira, 2 de julho de 2008

Obrigada Pai, por sempre me enviar um anjo.

Ontem viví um dia difícil. Sabe como é acordar e não querer viver, não o dia, não a situação, mas, a vida. Se sentir cansada demais! Não ver motivo ou razão...pra seguir. Sem ir a lugar a lugar algum, alí, na minha cama, conheci o vale da sombra da morte, uma tristeza profunda...De repente, somando tudo nada valia a pena. Meu Deus, obrigada por estar comigo, mesmo quando os meus pensamentos não conseguem te alcançar e por ter enviado um anjo pra me resgatar. E, como o Senhor não economiza comigo ainda me faz encontrar "por acaso" este texto, que só fragmentei aqui...Obrigada Pai.

"Dez lições aprendidas com a leucemia"

Ricardo Kotscho - jornalista


+ A cada um de nós, no jogo ou na vida, qualquer que seja o momento, cabe decidir de que forma iremos jogar com as cartas que nos foram dadas pelo destino. Elas não podem ser mudadas, temos de tirar partido daquilo que temos em mãos.

+ Quando perguntamos a alguma pessoa: o que é mais importante para você? Seu trabalho ou sua família? Quanto mais “workaholic” ele for, mais cínica e hipocritamente responderá que é sua família. “Faço tudo isto pelos meus filhos”... mentira! O fazem pela busca de "status" diante dos colegas e da família e da coleção infinita de bens materiais. Desperdiçam uma vida, que para todos sempre é tão curta.

+ O escritor argentino, Jorge Luis Borges, nos disse que a vida é feita de momentos. Se assim é, temos que viver intensamente cada momento. Celebrar a vida qualquer que seja o motivo, nem que seja a própria dádiva de estarmos vivos mais um dia. Vivemos com muita pressa, sempre no piloto automático, e muito distraídos, para poder observar as pequenas coisas do nosso cotidiano.

+ Morrer não dói. A própria vida vai nos ensinando a aceitar a morte como inevitável. O que dói é viver uma vida infeliz. Abandonado pela família e pelos amigos, o ser humano vai perdendo progressivamente o amor pela vida.

+ Se alguma pessoa vive e morre sem que ninguém se de conta será que ela realmente viveu? E se perguntarem a alguém o que fez da sua vida com todas as oportunidades que teve, é provável que ele responda: acumulei muito dinheiro, li muitos livros, fui a muitas festas e baladas, o que significaria isso no final? A vida de um ser realmente humano tem que ser muito mais que isto. É amar e ser amado. É saborear cada momento.

+ Por mais executivos e empreendedores que sejamos, não dá para planejar tudo. Os inesperados fazem parte do nosso trajeto e esperam de nós uma resposta. Os filósofos gregos estóicos diziam que em nossa vida há dois tipos de acontecimentos: os que dependem e os que não dependem de nós. Aqueles que são de nossa responsabilidade, temos que enfrentar. Já os incontroláveis, não adianta lamentar ou remoer. Isso não quer dizer se conformar, se render. É do filósofo alemão Nietzsche a célebre frase “o que não nos mata, nos fortalece.” Em outras palavras, o que nos derruba é também o que nos dá força para levantar.

+ “Nossa vida tanto pode ser uma tragédia, como uma gloriosa transformação. Não existem barreiras que os seres humanos não possam superar”. O período de crise nos obriga a rever a nossa vida ao mesmo tempo em que nos liberta de preconceitos que obstruíam nossos objetivos e nos impediam de nos dedicarmos a eles. A crise abre os nossos olhos para descobrir a coragem, a força, a fé, o desejo de viver e o poder do pensamento positivo.

+ Lembramos que a vida nos oferece de graça o precioso dom de viver a cada minuto, hora e dia de nossa existência. Cabe a nós explorar essa energia inata. Fortalecer a vida é obra de seres humanos muito especiais. Ao mesmo tempo em que o fazemos, nossa vida vai sendo enriquecida ao descobrir o quanto os outros precisam de nós. O ser humano precisa do outro para se revelar!

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