segunda-feira, 1 de julho de 2013

Confissão

Minha alma passeia em ti
Dispondo-se em ti
Dando-me como um brinquedo teu
Em minh’alma és senhor

Dominas soberano
Está em ti, em tuas mãos
És soberano do destino meu
Podes escolher o fim que me queres dar

Resignada ante ti aguardo minha sentença
A felicidade e a vida que emanam de ti
Que vêm a mim como um rio que anseia encontrar o mar
Ou o fim e a morte, a morte que provo cada vez que te vais

Senhor meu, sagrei-me serva tua
Escrava dos caprichos teus
Sou tão tua, estás tão em mim que aonde vou,
Vai-te também

Roubaste meu coração, minha paz e como troca trouxeste medo
Medo de que nunca sejas meu
Medo da vida acontecer em vão
Da solidão eterna nas noites sem tuas mãos

Mesmo tão breve teu tempo meu
É tal tua grandeza , preenche os espaços que são teus
Quando me olhas traz contigo de volta o tempo
Trazes contigo o calor e o sol que carregas

Tão longe vivo a adorar-te
A entregar-te meu amor, minha vida e ar
Amor, amor, a vida sem ti é qual o nada
É tempo sem sentido, vida sem razão

Resume-se em simples seqüências lógicas de acordar e adormecer
Cumprir o tempo, dias e noites que passam vazias, folhas ao vento
Riso no lábio e solidão no olhar
És, amor demais, amar demais

Quando um dia eu não mais existir
Terei plantado em todos os cantos
A semente deste meu amor por ti
Amar-te terá sido o legado meu

Porque assim é, minha vida é o amor a ti
Por ele canto e vivo em seu louvor
Por ele meu pranto, minha dor
Por ele, cada esforço meu e toda vida dou

Pelo bem que me faz, pelo que me fez ser
Pelo sortilégio de amar como ninguém jamais, amou alguém
Assim, minh’ alma desnuda dança em tuas mãos e aguarda a sorte
Que escorre pelos vãos dos dedos teus .

De tudo que quero, quero a ti, com mais força
De tudo que sonho, sonho mais, quando contigo
De tudo que amo, amo-te infinitamente, infindavelmente mais
De tudo que busco, não desisto, insito em ti

Esperança que não morre, que antes morra eu
És amor sublime, forte. Forte como a morte
És toda razão de minh’alma, és toda função do meu viver
És por fim, o silêncio que arde, a palavra que me falta quando dizes , te amo.

Marcela Liz




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